sábado, 10 de setembro de 2011

A culpa que nos condena é a mesma que nos redime!

Uma ação impensada, uma omissão velada, uma palavra dita, um pensamento torto e pronto... a culpa pode encontrar a porta aberta e sentar-se no sofá. Martirizados por esse suplício, muitos se vêem atormentados por fantasmas imaginários. Muito mais do que a dor física, o tormento moral causa infinitamente mais aflição. Porque para este, os anestésicos não costumam surtir qualquer efeito. Quantos enlouquecem atordoados por pensamentos sobre coisas malfeitas que jamais poderão ser refeitas! Ah, a culpa, a culpa! Esse bichinho inquieto que rói e destrói. Destrói a alma e esfrangalha os nervos.
¨
O sentimento de culpa, quando sincero, costuma gerar tanto desconforto que padecimento nenhum no mundo poderia ser comparado. Nenhum castigo é tão doído e tão eficaz para o aprendizado humano quanto a culpa "martelando" os pensamentos, a vontade de voltar o tempo e fazer diferente.
E de tanto sofrer, de tanto remoer, de tanto padecer, somos abençoados pelo tempo e acabamos perdoados. Perdoados no fundo da alma, no fundo do coração. Entendemos que o feito está feito e ponto final. Tudo o que acontece tem a sua razão de ser. Não há ato malfeito que não sirva para algo, nem que seja para nos ensinar a nunca mais repetí-lo. E assim, prometendo jamais praticar tal ação, tal pensamento, tal omissão, todas as juras são feitas (e cumpridas) para que essa dor não volte e esse padecimento não se repita jamais.
¨
Ao mesmo tempo, a culpa que nos condena é a mesma que nos redime.
¨

3 comentários:

Sabrina Utiama disse...

Amiga, vc simplesmente detona!!! Te amoooooooo minha escritora!!!!

VÂNIA NOVAIS disse...

É VERDADE, MORGANA NOVAIS. NADA PIOR QUE UMA MENTE ATORMENTADA! NADA COMPRA A NOSSA PAZ!

Anônimo disse...

O texto valeu a espera!
Show de bola Morgana!
Yasmin Pimentel.