terça-feira, 26 de julho de 2011

Amor que não se mede!

É simplesmente impossível lembrar da casa dos meu avós sem que um sorriso logo apareça no rosto. Lá vivi uma infância mágica cheia de histórias felizes. Havia um quintal que se transformava em selva e uma rede que virava circo quando colocada de ponta-cabeça, havia um jardim encantado e um guarda-roupa com passagem secreta para o mundo da imaginação, onde só existia riso e diversão.
Quanta saudade!!!
Na casa dos meus avós não existia nenhuma criança triste, as tardes eram cheias de brincadeiras e os sorrisos cheios de risos ecoavam por todos os lugares. No armário da sala moravam pintinhos caramelados e broas com açucar que, de tão gostosos, pareciam inventados num sonho. Pela manhã sempre havia um copo de vitamina chamada 'chocomix', não sei o que minha avó colocava, mas era a coisa mais gostosa que já tomei até hoje. Os almoços de domingo eram os melhores, toda a família se reunia e a única ordem para a criançada era brincar até cansar. Havia macaquinhos de feijão com rabo de macarrão e a vasilha com o que sobrou da massa de bolo crua era a mais disputada. Nunca faltou um colo acolhedor para quem se machucava ou só queria descansar... tantas coisas boas que não deveriam passar nunca, deviam durar para sempre! Não deveríamos crescer porque isso implica termos que nos despedir... e eles nos fazem tanta falta!
Mas as lembranças, essas sim, podemos guardar para sempre na memória e no coração, tendo certeza que assim os manteremos vivos para sempre em nossas vidas. Seus exemplos contribuíram e contribuem para nossa formação e seus abraços inesquecíveis jamais ficarão para trás. Sei que onde vocês estiverem vocês podem me ver, e apesar de eu não poder mais ter aquele abraço e aquele colo tão bom, o amor que vocês me deram permanece em meu coração!
Feliz dia dos avós! ♥

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O bom da vida é viver!

Nossas escolhas têm o condão de mudar tudo!
Um 'sim' ou um 'não' têm um poder que não se pode medir, a depender de qual deles se escolha nada mais será como era antes. Apesar de a vida, por si só, ser constante mudança, nossos caminhos são delimitados (ou expandidos) pelas escolhas que fazemos a cada instante. E nem é preciso estar diante de um grande dilema, muitas vezes é exatamente numa situação que não parecia ter tanta importância num primeiro olhar, que aquele sim ou aquele não, vira tudo de cabeça para baixo (ou ao contrário, coloca tudo no seu devido lugar).
Deve-se arriscar, assumir os riscos! Mil vezes o arrependimento pelo feito que pelo não-feito, mil vezes a culpa por não ter dado certo que a incerteza nunca esclarecida do 'como teria sido'.
A vida é efêmera! Junto com ela, tudo passa. Passam as tristezas, passam as alegrias, passam as dúvidas, mudam as certezas, passa a fase ruim, passa o verão, passa a tempestade... só precisamos decidir se seremos expectadores ou atores nessa constante mudança. Devemos ser os senhores da nossa história. Claro que em muitos momentos o melhor é deixar a vida levar, mas na maior parte das vezes ficar em cima do muro não resolve nada. É essencial tomar as rédeas do próprio destino, fazer as próprias escolhas, assumindo os erros e celebrando os acertos.
No final das contas, "o que se leva desta vida é a vida que se leva".

sexta-feira, 15 de julho de 2011

"Precisa-se de corações abertos! Tratar aqui."

Em tempos de total indiferença, em que muitos mal sabem os nomes do próprios vizinhos, vamos abrir os nossos corações, doar nossos braços, abraços, nossos ouvidos e nossa atenção.
Vamos nos dispor a ouvir o que o outro tem a dizer, seus sonhos, seus anseios, seus traumas e desilusões.
Vamos sorrir para os estranhos, não custa nada espalhar um pouco de alegria por aí, o retorno é instantâneo e muitas vezes um simples sorriso é tudo o que o outro precisa para ter o seu dia melhorado.
Vamos dar bom dia, boa tarde, boa noite. Vamos olhar nos olhos e perguntar de peito aberto 'Como vai você?'. Felizes eram os tempos em que uns se preocupavam com os outros, ao invés de egoísticamente achar que seus problemas já são suficientes.
Vamos nos preocupar sim com os problemas alheios, sem que isso se torne motivo para fofocas e intromissões indesejadas, mas tratando o próximo verdadeiramente como "irmãos" que somos.
O segredo da paz interior começa na entrega, na doação de sentimentos.
Ao perceber que alguém precisa de você ou que algo de bom pode ser feito por alguém, não pergunte o que está ao seu alcance... simplesmente ouça o seu coração e FAÇA, anonimamente que seja.
O primeiro a se beneficiar vai ser VOCÊ!
Se o mundo lá fora não está dando tão certo, por que não começar a fazer o universo que te rodeia mais simples, mais colorido, mais humano? Seu coração está aberto? Doe no lugar mais próximo de você.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Reafirmação

Cada dia mais me convenço de que um coração sozinho é praticamente inerte nesse mundo, enquanto dois corações juntos conseguem ter a força de mil batalhões. É essencial a partilha, a divisão de sentimentos que funciona como agente multiplicador. Seja o amor de um irmão, de um amante (e inclua-se aqui todos aqueles a quem dedicamos amor - namorados, maridos ou seja lá qual for a classificação), de um pai, de uma mãe, de um filho ou de um amigo, não importa! E não falo de estar juntos para não estar sozinho, falo de estar juntos para o que der e vier, juntos na concepção mais ampla de entrega. Entrega de corpo e alma, aquela que não abre espaço para interrogações. Aquela entrega em que, por pior que seja a tormenta, você olha para dentro (sim, para dentro!) percebendo que não está sozinho e, de alguma forma, isso te dá coragem para não desistir ainda que diante de um exército de proporções romanas.



¨



"FUNDAMENTAL é mesmo o AMOR, é IMPOSSÍVEL ser FELIZ sozinho!" (Tom Jobim)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

sábado, 9 de julho de 2011

Da espera.

Ah! A espera não tem nada de bela!
Traz consigo uma fera que não se deixa acalmar.
Te jogar pela janela, espera? Quem dera!
Quem dera não ter que esperar.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

"Por isso a gente pena, sofre e chora, coração, e morre todo dia sem saber..."

Li em algum lugar um artigo que dizia que raiva mata. Imaginei se os aborrecimentos e mágoas vão se acumulando dentro de um coração cansado até o dia em que ele se recusa a bater assim, descompassado pelas infelicidades. Lembrei da matéria que li sobre o homem que teve um infarto quando soube que era traído pela mulher, morreu de raiva, literalmente, coitado! Se essa teoria é verdadeira, quantas raivas ele deve ter tido ao longo de toda vida? Ou será que nem teve tantas, mas a derradeira foi forte o suficiente para ser mortal?
O ser humano é altamente influenciável pela sua própria mente. Aliás, as aspirações, os sonhos, os desejos, os fracassos, as atitudes que tomamos, a vida em si está pautada por tudo o que temos em nossa mente. A forma com que o cérebro humano processa e entende uma informação é que irá definir como o corpo reagirá àquela realidade. E isso irá depender dos valores e da personalidade de cada um. Por isso, quando nos magoamos dizemos que o coração dói, mas o que dói mesmo é a ideia presente em nossa mente processando o que aconteceu, que reflete na aceleração do fluxo sanguíneo e alteração dos batimentos cardíacos. Da mesma forma, quando estamos apaixonados dizemos sentir borboletas no estômago, quando temos saudade sentimos o coração apertar, quando ficamos extasiados perdemos o fôlego... é só a forma como o nosso corpo expressa o que está se passando na nossa mente. Nenhuma reação é igual a outra, porque nenhum ser humano é igual. Não se pode prever como o fulano reagirá diante de tal acontecimento. Cada um teve uma vivência e até mesmo os que receberam a mesma formação serão desiguais. Cada personalidade é única, cada mente é única.


Vai ver, as raivas que matam são aquelas causadas pelas pessoas que realmente importam em nossas vidas, aquelas de quem não suportamos a ideia de nos ferir. Talvez essas pessoas, e apenas essas, sejam capazes de nos magoar de tal forma que faça nosso coração parar. E se for assim, há que se aprender que nós mesmos devemos vir em primeiro lugar, maior do que o sentimento que se nutre pelo outro, seja quem for, deve ser o sentimento dedicado a nós mesmos. Se for para morrer, que seja no sentido figurado, como diz a canção:"...por isso a gente pena, sofre e chora, coração, e morre todo dia sem saber"... "morrer" para renascer depois.


Que menorizem-se as mágoas e valorizem-se os momentos que nos tire o fôlego por surpresa ou euforia, que acelerem nosso coração por felicidade ou prazer. Nem que seja por questão de sobrevivência. Nenhuma infelicidade deve ser elevada a uma importância tal que faça nosso coração parar de bater, afinal, sempre haverá uma nova possibilidade de recomeçar, inclusive para aqueles que julgam terem perdido as esperanças em algum lugar do caminho.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Amigo Imaginário

No decorrer de toda a infância, as crianças costumam ter vários amigos imaginários. Amigos que se fazem presentes colorindo o lúdico mundo infantil. E aquele que se atrever a dizer a uma criança que eles não existem corre o sério risco de ouvir um "Você não está vendo o meu amigo?" atrás de uma pequena sobrancelha franzida e incrédula. São esses amigos inventados que sempre chegam para tomar chá no imaginário castelo da princesa, para jogar bola na imaginária final do campeonato ou simplemente para acompanhar a brincadeira feita no quintal de casa. E como são saudáveis e educativos esses tais amigos imaginários!
Bem, pois eu digo que também tenho uma amiga imaginária.
É essa amiga que sempre aparece naquelas horas em que me olho no espelho e me pergunto "E agora?", nas horas em que preciso tomar uma decisão difícil, nas horas em que preciso de um elogio, nas horas em que preciso respirar fundo e contar até dez, e em todas as vezes que me pego falando sozinha (sim, eu falo sozinha!) percebo que ela está lá, ouvindo e (pasmen!) respondendo às minhas indagações. Minha amiga imaginária sempre me fala o que devo, ou preciso, ouvir quando olho para dentro de mim mesma e me pergunto o que fazer.
Essa amiga é i-gual-zi-nha a mim, tal qual uma irmã gêmea. Tem o mesmo cabelo, o mesmo sorriso, o mesmo olhar, os mesmos gestos. Acompanhou cada passo da minha vida, cada incerteza, cada conquista, cada espera, cada perda, cada lágrima e cada sorriso. Essa amiga é a minha essência, a minha consciência inconsciente. Aquela que conhece todos os meus valores, meus princípios, meus sonhos e aspirações, aquela que conhece todos os meus limites, reunindo todas as minhas experiências, todas as pessoas que passaram pela minha vida e deixaram algo a aprender, todas as pessoas que passaram pela minha vida e levaram algo de mim, todas as pessoas que me magoaram e todas as pessoas que, de alguma forma, me fizeram feliz, todos aqueles a quem tenho como referência e porto seguro, todos os meus amores e dissabores, todos os meus amigos reais e queridos.
Minha amiga imaginária reúne tudo o que já fui, sou, desejo ser e serei!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Ponto -de-Interrogação

Até que ponto os planos são sinônimo de futuro concreto?
Até onde vai a certeza de que nossas escolhas vão nos levar a tudo o que almejamos?
Pura ilusão!
Planejamos cada passo com a utópica ideia de que isso nos dará alguma segurança, mas numa fração de segundos a vida pode chegar e te virar ao avesso, te deixando com mil perguntas onde havia mil certezas...
.
...sonhos deveriam vir com certificado de garantia!

sábado, 2 de julho de 2011

Essa tal felicidade...

Já ouvi muitas vezes pessoas dizerem que não existe felicidade plena, que é impossível alguém ser feliz 100% do tempo.
Acho que é verdade! Da mesma forma em que acredito que a felicidade não vem embalada para presente numa bela manhã ensolarada... pode até vir, mas, se analisarmos bem, quando a felicidade é alcançada significa que muitos caminhos foram percorridos para que ela chegasse, plena!
A palavra já diz tudo: "ALCANÇADA"! Alcançar significa conseguir, obter, atingir, ir até, chegar a. Para se alcançar algo é necessário ir a algum lugar.
Todo momento feliz é precedido de uma espera, de uma dúvida, de uma batalha, de um esforço, de um sacrifício... momentos aflitos se transformam em felicidade quando o desespero passa, momentos tristes se transformam em felicidade quando a ferida é curada, momentos de ansiedade se transformam em felicidade quando a resposta chega! TODA FELICIDADE percorre um caminho para chegar até o coração. É como se precisassemos estar preparados para desfrutar daquele momento como ele merece ser desfrutado, para valorizar inteiramente o bem tão precioso que recebemos. A felicidade pode estar num gesto, num sorriso, numa presença, no segundo mais simples e despretencioso do dia em que sentimos o coração em paz, em que temos a sensação de dever cumprido.
Então, se você encontrar essa "tal felicidade" por aí pelo caminho, agarre-a, desfrute-a em sua inteireza, com certeza não foi por acaso que ela cruzou sua estrada, esteja certo de que você mereceu encontrá-la... e não estranhe se ela vier assim, dividida em pequenos instantes, em pequenos atos, em singelos momentos. Quando você junta os pedaços da vida é que percebe o quanto é feliz!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

É preciso saber rebolar!

Quem é que, nos dias de hoje, consegue sobreviver sem saber rebolar?
E não, não estou falando da mais nova coreografia lançada pela banda de axé do momento... estou falando de sobreviver à dura rotina de cada dia.
De acordo com o dicionário, rebolar significa "remexer com exagero, bambolear".
E quantas vezes não nos pegamos "bamboleando" para dar conta dos tantos afazeres do nosso dia-a-dia?! É o trabalho que exige demais. O filho para alimentar, educar, levar e buscar na escola. O estudo que ficou em segundo plano. A leitura atrasada daquele livro que você comprou e não leu nem o primeiro capítulo. As contas a pagar. Uma casa a administrar. Os amigos para quem nem sempre temos tempo. Os problemas de família que existem, principalmente, nas melhores. Ufa... haja rebolado!
As mulheres então, essas sim têm que dominar todas as artes de rebolado, bamboleio e gingado. Ganharam direitos iguais sem deixar de ter nenhum de seus infindos deveres. Tripla jornada é coisa que só quem rebola muito bem consegue levar com um sorriso no rosto. Os homens também não ficam atrás, justiça seja feita àqueles que descem do pedestal do machismo e ajudam a lavar a louça no final do dia.
Esse é o ritmo, essa é a realidade. Apesar disso tudo, há que se agradecer se você tem um casa para cuidar, um filho para amar, um marido para compartilhar, uma família em quem se apoiar, um trabalho para te sustentar e amigos que sempre irão entender sua falta de tempo. Afinal, quem tiver um tempinho sobrando aí, me empresta, por favor?
E se, no final das contas, aquela promoção não vier, a reforma da casa tiver que ficar para depois, o almoço em família for adiado e o tal livro continuar na estante, não significa que não deu certo. As coisas dão certo enquanto você faz o que pode, rebolando como sabe. É aceitar cada dia como uma dádiva e vivê-lo por completo minuto a minuto, cada coisa na sua hora! Se olhar no espelho e, antes de qualquer coisa, se amar! Amar, inclusive, o pouco tempo se tem. Vida preenchida é vida feliz, completa, onde não sobram espaços!
É preciso saber rebolar!